Na manhã desta quinta-feira (6), a Polícia Federal (PF) deflagrou a segunda fase da Operação Melhor Idade, que investiga um esquema criminoso de fraudes envolvendo benefícios assistenciais destinados a idosos.
Os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão, 1 de prisão e 6 medidas cautelares contra os criminosos no Distrito Federal, São Paulo, Goiás e Piauí.
Entenda o esquema criminoso
De acordo com a PF, a organização criminosa é estruturada em diferentes níveis, responsável por falsificar documentos públicos e abrir contas bancárias para obter benefícios de forma indevida.
Para isso, eram falsificadas Certidões de Nascimento, Carteiras de Identidade (RG), Títulos Eleitorais e CPFs, para criar identidades fictícias de idosos com mais de 65 anos, que é a idade mínima exigida para a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS – Idoso).
Os “idosos de aluguel” participavam da fraude emprestando suas características biométricas (impressões digitais e fotos). Alguns chegaram a figurar em mais de 30 identidades falsas.
Até o momento, a PF identificou 21 “idosos de aluguel”, que ajudaram a criar cerca de 285 CPFs e Títulos Eleitorais com as identidades falsas.
Segundo a PF, o grupo criminoso obteve aproximadamente 259 Benefícios de Prestação Continuada ao Idoso, que paga um salário-mínimo (R$ 1.518) por mês, num valor total de R$ 393 mil.