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Multa aplicada à galeria nesta sexta (14) foi acima de R$ 500 mil. Agentes descobriram venda ilegal a partir de operação deflagrada no aeroporto da capital em setembro do ano passado. Ibama apreende quase 30 artefatos indígenas em galeria de arte em Salvador
Ibama
Exatos 27 artefatos indígenas que estavam à venda em uma galeria de arte foram apreendidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nesta sexta-feira (14), no Pelourinho, em Salvador. A comercialização é ilegal porque a confecção dos materiais usava partes de animais ameaçados de extinção.
Tanto a venda quanto a compra e o armazenamento são considerados crimes ambientais. A lista de itens apreendidos na galeria inclui quadros, lanças, cocares e máscaras de rituais.
O proprietário da loja, que ainda não foi localizado, será autuado com multa de ao menos R$ 520 mil. O valor leva em conta o número de espécies em extinção encontradas.
De acordo com o agente ambiental do Ibama, Augusto Brasil, que está à frente da investigação, foram identificadas 47 partes de animais na fauna silvestre nativa. Cada quatro é composto por duas a três espécies de aves, por exemplo. Entre as espécies destacadas estão papagaio, gavião, arara azul e canindé.
Artefatos indígenas foram apreendidos pelo Ibama em Salvador
Ibama
“Esse material está sendo encaminhado à nossa superintendência [na Bahia]. Vamos informar ao Ministério Público, que deve oferecer denúncia”, disse Brasil à TV Bahia.
Segundo o agente, a investigação mostrou que as peças não são regionais. Elas teriam sido obtidas por meio de uma outra empresa, que vende os artefatos para todo o Brasil.
“A gente ainda não tem a origem específica desses itens, o que a gente sabe é que vem de uma empresa de Minas Gerais, especialista em assuntos indígenas”.
O Ibama agora tenta localizar a defesa do dono da galeria para seguir com a investigação. O homem não foi encontrado na galeria — funcionários disseram que ele vive na Itália.
Descoberta em cafeteria no aeroporto
O crime foi descoberto a partir de uma outra operação, deflagrada em setembro do ano passado, no Aeroporto de Salvador. Na época, o Ibama interceptou uma obra de arte feita com penas e partes do corpo de animais silvestres ameaçados de extinção.
Em meio ao trabalho, quando agentes pararam em uma cafeteria, eles se depararam com quadros ilustrados justamente com partes de animais nessas condições.
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O representante do estabelecimento alegou que desconhecia a legislação e indicou que havia comprado os itens de boa-fé em uma galeria no Centro Histórico da cidade. Ainda assim, foram multados em R$ 25 mil, R$ 5 mil por espécie identificada.
Vale lembrar que é crime “matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente”. Além da multa, a pena prevista é de seis meses a um ano de prisão.
Artefatos indígenas foram apreendidos pelo Ibama em Salvador
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