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Os atos violentos foram registrado em janeiro e só chegaram ao conhecimento da polícia por meio de vídeos. Apesar da conclusão da Polícia Civil, a UFU tem investigação interna em andamento. Fachada Universidade Federal de Uberlândia UFU 2024
Reprodução/TV Integração
A Polícia Civil de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, concluiu o inquérito criminal que averiguava se houve crime de tortura em festa do curso de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Os atos violentos foram registrado em janeiro e só chegaram ao conhecimento da polícia por meio de vídeos.
Apesar da conclusão da Polícia Civil, uma comissão interna da universidade realiza investigação interna. Leia a nota da instituição mais abaixo.
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Segundo a Polícia Civil, as pessoas que apareciam em condições aparentemente degradantes nos vídeos não eram calouros da instituição, mas sim alunos do quarto semestre do curso.
A festa aconteceu em um bar de Uberlândia no dia 19 de janeiro e os estudantes pagaram 25 reais para acessar o evento. A Polícia Civil identificou dezesseis pessoas nas imagens.
Segundo o delegado-chefe da Polícia Civil, Marcos Tadeu de Brito, as investigações descartaram a possibilidade dos crimes de tortura, lesão corporal e constrangimento.
Comissão Interna
À época, a Universidade Federal de Uberlândia comunicou a imprensa que a Faculdade de Medicina (Famed) abriu, no dia 22 de janeiro, uma investigação interna para apurar denúncias de violência sofridas pelos estudantes durante festas da torcida organizada do curso de Medicina.
Em nota, a instituição informou que a Comissão Disciplinar tem 60 dias para apurar as denúncias de violência, a contar do dia 22.
“A Direção da Famed, bem como a Coordenação do Curso de Medicina, reiteram que não há normativa ou ato de reconhecimento da bateria Medonha pela Unidade Acadêmica.
A Reitoria da Universidade Federal de Uberlândia reafirma que o trote violento é proibido na UFU desde 1993, conforme estabelecido pela Resolução 15/93, do Conselho Universitário (Consun).
As punições para o infrator podem variar desde a suspensão ao seu desligamento definitivo da instituição.”
Nota da atlética
O g1 também entrou em contato com o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFU e com a Associação Atlética Acadêmica Marcel Resende Davi (AAAMRD) para entender os posicionamentos das instituições a respeito do caso.
A AAAMRD, ainda em janeiro, informou que manifesta repúdio aos atos violentos praticados contra os membros do curso e lamenta pelo constrangimento sofrido pelos alunos.
“Com relação às reportagens veiculadas nesta semana envolvendo cenas promovidas por estudantes de medicina da Universidade Federal de Uberlândia, A Associação Atlética Académica Marcel Resende Davi (A.A.A.M.R.D.) Manifesta repúdio aos atos violentos praticados contra os membros do curso e lamenta pelo constrangimento sofrido pelos alunos.
A faculdade de medicina da Universidade Federal de Uberlândia conta com duas principais instituições formadas por acadêmicos regularmente matriculados no curso, o diretório acadêmico e a atlética.
Assim sendo, a torcida organizada (Medonha) não ,é reconhecida e tampouco integrada no estatuto de nenhuma das duas instituições. Diante disso, cabe ressaltar que a atlética se destina a promover a prática esportiva e a integração entre os discentes, organizando e participando de competições esportivas.
Assim sendo, a atlética afirma que não possui qualquer relação com o evento divulgado, sendo que possui personalidade jurídica, gestão e património próprios, não se confundindo com o grupo que organizou o evento. Ademais, os uniformes utilizados pelos estudantes nas imagens divulgadas não são confeccionados, distribuídos ou comercializados pela atlética, tampouco possuem logo ou nome da associação esportiva.”
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