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O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, está em Londres (Inglaterra) neste fim de semana para participar de uma cúpula organizada pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Sir Keir Starmer.
O encontro acontece após cenas extraordinárias no Salão Oval na sexta-feira (28), quando o presidente dos EUA, Trump, entrou em conflito com Zelensky, dizendo-lhe para fazer um acordo com a Rússia “ou estamos fora”.
Segundo a BBC, os líderes da Alemanha, França, Espanha, Polônia e Holanda estavam entre aqueles que postaram mensagens nas redes sociais apoiando a Ucrânia – com Zelensky respondendo diretamente a cada um para agradecer pelo apoio.
A agência AFP, destaca que Zelensky acredita que os laços com os Estados Unidos podem ser restabelecidos, apesar da tensão com Donald Trump.
“Certamente” a relação pode ser retomada, declarou Zelensky à Fox News, ressaltando que não deve desculpas a Trump. O presidente ucraniano admitiu que seria “difícil” conter a invasão russa sem apoio americano e expressou desejo de ver Trump “realmente mais” ao lado da Ucrânia.
A entrevista ocorreu após um encontro que começou amigável, mas terminou sem a assinatura de um acordo sobre minerais raros ucranianos e sem coletiva de imprensa.
Trump, que se orgulha de sua proximidade com Vladimir Putin, recebeu Zelensky com um aperto de mãos, mas logo pediu que a Ucrânia aceitasse “concessões”. O ucraniano, por sua vez, reforçou que Putin é um “assassino” e mostrou imagens da guerra.
Reações internacionais
A discussão entre Trump e Zelensky gerou reações ao redor do mundo nas redes sociais. Moscou celebrou o episódio como “histórico”, enquanto países europeus reafirmaram apoio à Ucrânia.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, declarou “apoio inabalável” a Kiev. Já o presidente francês, Emmanuel Macron, reforçou que “há um agressor, que é a Rússia, e um povo agredido, que é a Ucrânia”.
Na Alemanha, o chanceler Olaf Scholz assegurou que “a Ucrânia pode contar com a Europa”.
Segundo a AFP, o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, enviou mensagem de solidariedade, e líderes da União Europeia garantiram que “Zelensky não está sozinho”. Em contrapartida, Viktor Orbán, da Hungria, elogiou Trump por “defender corajosamente a paz”.
Horas após o encontro, Trump declarou em sua rede Truth Social que Zelensky “não está preparado para a paz” e que poderá “voltar quando estiver pronto”. Enquanto isso, o presidente ucraniano reiterou que busca uma “paz justa e duradoura” e agradeceu o apoio do Congresso e do povo americano.