Empresário Renildo Lima e outros cinco que haviam sido presos pela PF foram liberados em audiência de custódia. Renildo Lima é marido da deputada federal Helena da Asatur (MDB)
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O advogado do empresário Renildo Lima, marido da deputada federal Helena da Asatur (MDB), flagrado pela Polícia Federal com R$ 500 mil afirmou em entrevista ao g1, nesta quarta-feira (11), que o montante seria usado para comprar imóveis e que algumas notas foram colocadas na cueca porque não cabia na bolsa levada ao banco.
Parte do dinheiro apreendido estava na cueca de Renildo quando a PF o abordou logo após saque (veja na imagem abaixo). O advogado Hamilton Feitosa afirmou que Renildo colocou cerca de R$ 80 mil “na cintura” porque, por questões de segurança, ele não podia sair da agência bancária “com o dinheiro em mãos.”
Empresário Renildo Lima foi preso com dinheiro escondido na cueca em Roraima
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Preso por suspeita de compra de votos, o empresário e outras cinco pessoas ganharam liberdade em audiência de custódia na 1º Zona Eleitoral. Todos foram autuados em flagrante pela PF pelos crimes de compra de votos e associação criminosa.
“Esse saque foi realizado numa agência bancária central, no Centro da cidade e, por um lapso, o empresário levou uma mochila, onde ele contou que não coube todos os valores, todas as cédulas. Quando o saque foi feito, foram fornecidas cédulas menores, então foi uma quantidade maior de dinheiro que não coube na mochila que ele levou para transportar o dinheiro.”
“Em razão disso, ele colocou algumas cédulas na cintura, pois ele não podia sair do banco com o dinheiro em mãos e também não caberia na mochila. E foi por esse motivo que algumas cédulas estavam na cintura, pois ele não podia sair da agência bancária por questões de segurança com o dinheiro em mãos”, detalhou o advogado.
Marido de deputada federal esconde dinheiro na cueca
A defesa afirma ainda que a ação da PF em atribuir que se tratava de crime eleitoral foi “precipitada e até atrapalhada”. A argumentação é a de que o “dinheiro possui comprovação lícita” e que se trata de “distribuição de lucros acumulados do grupo empresarial que o empresário gerencia, administra.”
“Não existe nenhuma ilicitude no saque, se tratou de uma ação precipitada, pela existência de algumas questões outras relacionadas às eleições que se aproximam entendeu-se que se trataria de compra de voto”, disse o advogado, que falou com o g1 a pedido de Renildo. Inicialmente, ele daria a entrevista, mas minutos antes decidiu que a defesa falaria.
Depois de serem presos, o empresário, a advogada os dois policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) que faziam a segurança do grupo, e as outras duas pessoas prestaram depoimento à PF, onde foi feito o flagrante. Todos ganharam liberdade na audiência de custódia.
*Esta reportagem está em atualização