
Embarcação, de aproximadamente 800 toneladas e 71 metros de comprimento, deve ser tomada por recifes de corais em um ano. Ferry-Boat é afundado na Baía de Todos-os-Santos
O ferry-boat Juracy Magalhães Júnior foi afundado, nesta sexta-feira (21), em um trecho da Baía de Todos-os-Santos, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. Segundo a Prefeitura, o objetivo é possibilitar a criação de um recife artificial que vai atrair vida marinha e incentivar o turismo de mergulho na área.
A embarcação tem aproximadamente 800 toneladas e 71 metros de comprimento e deixou de operar no sistema de travessia entre a capital baiana e a Ilha de Itaparica em 2018, quanto estava prestes a completar 46 anos de atividade. Desde então, estava parada.
Para chegar ao ponto onde foi afundado, o ferry-boat foi rebocado, com escolta da Marinha do Brasil, a uma velocidade de cerca de 6 km/h, pouco mais de 10 km/h a menos que quando o ferry ainda estava na travessia. A embarcação desceu no mar por cerca de 35 minutos, até sumir completamente. Vários outros barcos acompanharam o trabalho.
“Ele foi afundado em um local de fundo arenoso, onde não tem um recife no mesmo local. Então, é um local que ainda não tem uma estrutura que atraia os peixes. São peixes que vão acabar colonizando a embarcação também”, contou Rodrigo Maia Nogueira, biólogo.
Ferry fora de operação é afundado na Baía de Todos-os-Santos para turismo subaquático
Reprodução/TV Bahia
Este é o segundo afundamento planejado ocorrido no mar de Salvador no período de cinco anos. Em 2020, o ferry-boat Agenor Gordilho e um rebocador foram afundados no mar do Comércio.
Nas duas operações, estudos de impacto ambiental foram realizados para que não ocorram danos ao meio ambiente. O planejamento foi realizado em conjunto pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Marinha e Secretaria de Turismo.
“Ele vai para o fundo do mar e preserva a memória de uma determinada época da navegação, e é também uma atração turística. O turismo de mergulho é hoje um dos principais seguimentos turistícos que faz com que turistas demandem mais tempo aqui na Bahia”, disse Maurício Bacelar, secretário de Turismo da Bahia.
Para possibilitar a ação, foram retirados os motores, os tanques de combustível, a tubulação que teve contato com óleo e graxa, as instalações elétricas e todo o plástico que havia a bordo.
“O navio tem que estar basicamente com ferro, que vai ser afundado e essa limpeza, muitas vezes, não ocorre logo de início completa, então, alguns equipamentos que a gente foi vendo, até chegar a conclusão de que o navio estava em condições de ser afundado”, afirmou Indayá Silva e Silva, coordenadora técnica do Inema
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