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O italiano Sammy Basso, portador da síndrome de Hutchinson-Gilford que viveu por mais tempo no mundo, morreu no sábado (5), aos 28 anos. A doença é extremamente rara e causa envelhecimento precoce, o que rendeu a Sammy o apelido de “Benjamin Button da vida real”.
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Sammy Basso morreu aos 28 anos – Foto: Reprodução/ND
A notícia foi divulgada pela Associação Italiana de Progéria, no domingo (6), cujo comunicado afirmou que Sammy faleceu “repentinamente”, após um dia de festa cercado pelo carinho de quem o amava.
“Somos profundamente gratos pelo privilégio de ter compartilhado uma parte de nossa jornada com ele. Ele nos ensinou que, apesar de os obstáculos da vida às vezes parecerem intransponíveis, vale a pena vivê-la com plenitude”, escreveram.
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Qual era a doença de Sammy Basso?
O italiano era portador da síndrome de Hutchinson-Gilford, doença genética extremamente rara que acelera o processo de envelhecimento em cerca de sete vezes em relação ao tempo normal.
A síndrome também é chamada de “progeria”, palavra derivada do grego que significa “prematuramente velho”. Desde a sua identificação foram relatados cerca de 100 casos.
Conforme a Friocruz (Fundação Oswaldo Cruz), a expectativa média de vida dos portadores da síndrome é de 14 anos para as meninas e 16 para os meninos. Sammy Basso conseguiu chegar aos 28.
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A síndrome de Hutchinson-Gilford causa envelhecimento precoce – Foto: Reprodução/ND
Os portadores nascem bebês como todos os outros, mas por volta dos 18 meses, começam a desenvolver sintomas de envelhecimento precoce. Uma criança com 10 anos, por exemplo, se parece com uma pessoa de 70 anos.
As principais características são fisiológicas e incluem a queda do cabelo, perda de gordura subcutânea, pele fina e enrugada, voz anormal, lábios finos, osteoporose, entre outras. A cognição, ou seja, a inteligência dos pacientes não é afetada.
A Fiocruz afirma que cientistas franceses e norte-americanos descobriram que a causa da doença está ligada a um gene que controla a estrutura do núcleo das células.
Até o momento, no entanto, a doença não tem cura.