Condenado por matar a companheira a facadas no intuito de se vingar de uma suposta traição e ainda esfaquear o enteado em seguida, um homem foi condenado a 29 anos, 9 meses e 10 dias de prisão na última quinta-feira (5).
A promotora de Justiça Ariane Bulla Jaquier, que representou o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) perante o Tribunal do Júri, vai recorrer da sentença para pedir o aumento da pena imposta ao réu.
O crime foi no dia 20 de janeiro de 2024, por volta de 23h, no bairro Barra, em Balneário Camboriú, Litoral Norte de Santa Catarina. O homem foi condenado pelos crimes de feminicídio contra Flávia de Paulo contra a mulher e tentativa de homicídio contra o enteado.
O criminoso matou a companheira a golpes de faca e, na sequência, não conformado com os pedidos de socorro feitos pelo enteado de 10 anos, golpeou no peito a criança, provocando-lhe severas lesões.
Os jurados acolheram na integralidade a tese de acusação. Ao votar os quesitos no caso da companheira, o Conselho de Sentença reconheceu a materialidade e a autoria do homicídio praticado pelo homem, qualificado pelo motivo torpe e pelo feminicídio.
Em relação à tentativa de homicídio contra a criança, o Conselho de Sentença acolheu a tese da 2ª Promotoria de Justiça, qualificando o crime na forma tentada por motivo torpe, por ser praticado contra menor de 14 anos.
A pena foi elevada pelo fato de a vítima ser enteado do réu. Também, acolheram a circunstância agravante do recurso que dificultou a defesa do menino.
Condenado matou mulher e esfaqueou enteado por vingança após suspeita de traição
Conforme a denúncia do Ministério Público, o homem, buscando vingança por uma suposta traição, desferiu ao menos dois golpes de faca contra a companheira, atingindo o tórax, o que, segundo o laudo pericial, foi a razão de sua morte.
Após matar a companheira, ele, com a mesma faca, desferiu um golpe contra a criança, o enteado, atingido também o tórax do menino, que felizmente sobreviveu. Ele foi socorrido por populares e encaminhado ao Hospital Pequeno Anjo em Itajaí.
O Juízo determinou que o condenado permaneça preso. Ele vai cumprir a pena em regime fechado e não poderá recorrer da decisão em liberdade.