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Santa Catarina tem somente três estações que monitoram a qualidade do ar atualmente. Os equipamentos do IMA (Instituto do Meio Ambiente) se localizam em Tubarão e Capivari de Baixo, no Sul do estado. Há projetos, no entanto, que prometem a instalação de outras seis estações até 2025.
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O campus da UFSC em Florianópolis terá uma estação móvel para medir a qualidade do ar – Foto: Divulgação/Aires Serviços Ambientais
O IMA, responsável pela aferição da qualidade do ar em Santa Catarina, antecipa que a primeira unidade de monitoramento em Florianópolis será instalada em outubro deste ano.
“A região metropolitana de Florianópolis possui mais de um milhão de habitantes e, até o momento, carece de monitoramento de referência de qualidade do ar. Esta nova estação permitirá avaliarmos a qualidade do ar respirado por cerca de 15% da população catarinense”, declarou Diego Hemkemeier Silva, diretor de Controle e Passivos Ambientais do IMA.
Um Acordo de Cooperação Técnica foi firmado em agosto com a UFSC (Universidade de Santa Catarina) para a instalação. A estação móvel ficará ao lado da Biblioteca Universitária, no Campus Trindade.
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Santa Catarina conta com apenas três estações de monitoramento do IMA, em Tubarão e Capivari de Baixo – Foto: Reprodução/IMA
O IMA ainda planeja instalar uma quinta estação no Estado em 2025. A unidade se localizará em Otacílio Costa, na Serra catarinense. Nesse caso, a instalação é uma condição estabelecida no licenciamento ambiental de uma indústria.
O mesmo ocorreu com as três estações de Tubarão e Capivari de Baixo, operadas pela empresa Diamante Geração de Energia, dona da Usina Termelétrica Jorge Lacerda.
As unidades foram condicionantes exigidas pelo IMA para a licença ambiental da usina, que usa o carvão como matriz energética. Diego Hemkemeier Silva ressalta que o órgão “pode solicitar a qualquer momento os dados e a empresa deve seguir as diretrizes estabelecidas pelo IMA”.
IFSC terá 4 unidades de monitoramento da qualidade do ar e um supercomputador
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O IFSC venceu edital para aquisição de quatro estações e de um supercomputador – Foto: Divulgação IFSC/Reprodução/ND
Além das unidades do IMA, o IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina) terá quatro estações para monitorar a qualidade do ar em Florianópolis, Joinville, Criciúma e Chapecó.
O IFSC venceu um edital da Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina) e recebeu com R$ 2,5 milhões para a aquisição das quatro estações e de um supercomputador de alto desempenho, capaz de elaborar modelos de previsão do tempo e clima.
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A fumaça das queimadas na Amazônia e no Centro-Oeste prejudicou a qualidade do ar em Santa Catarina nos últimos dias – Foto: Deny Campos/ND
O projeto prevê que as unidades de monitoramento da qualidade do ar sejam instaladas até o fim do ano. Com a importação dos equipamentos, o IFSC poderá compartilhar os dados obtidos com o IMA e com a Defesa Civil de Santa Catarina.
“A gente não tem uma parceria formal, mas já conversamos com o IFSC e esses dados serão bem importantes”, esclarece Diego Hemkemeier Silva, diretor de Controle e Passivos Ambientais do IMA.
Ele explica, porém, que as estações adquiridas pelo IFSC são de baixo custo e, apesar da sua importância, não seguem a homologação de organismo internacionais como aquelas do IMA.
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Cada estação do IMA custa em torno de R$ 1 milhão, diferente das unidades de baixo custo do IFSC – Foto: Ricardo Trida/Secom/Divulgação/ND
“As estações solicitadas pelo IMA são homologadas internacionalmente e seguem um padrão determinado pelo Ministério do Meio Ambiente. Então os dados serão disponibilizados pelo ministério como dados oficiais”, destaca o diretor.
As unidades do IMA custam em torno de R$ 1 milhão. “Por isso a gente não tem uma grande quantidade dessas estações homologadas espalhadas pelo Estado”, justifica Diego.
O diretor enfatiza que as estações de baixo custo do IFSC são úteis e poderão, dessa forma, complementar e auxiliar os dados nacionais do Ministério do Meio Ambiente.