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A Defesa Civil de Balneário Camboriú interditou, na terça-feira (25), o heliponto de onde a jovem atleta Carol Oliveira, de 22 anos, caiu em dezembro de 2024. A queda de uma altura de aproximadamente 70 metros após um desequilíbrio matou a vítima.

Atleta caiu de 70 m do heliponto de Balneário Camboriú – Foto: Reprodução/Greici Siezemel/ND
Segundo o órgão municipal, a medida foi tomada após denúncias de irregularidades e suposta negligência da administração do condomínio em relação às normas de segurança.
A interdição ocorreu após um vídeo ter circulado na internet em que vários adolescentes estavam se expondo ao risco no local. Assista:
Vistoria teria identificado falhas no heliponto
Uma vistoria técnica teria identificado falhas no cumprimento das exigências regulatórias para o funcionamento do heliponto. Entre as irregularidades, estariam: iluminação, sinalização, fácil acesso ao local e o fato de não haver nenhum tipo de barreira ao redor da pista.
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Prefeitura alega falhas o heliponto do edifício – Foto: Divulgação Defesa Civil/ND
Além disso, foi constatado que o heliponto não é homologado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Na época da morte da jovem, o ND Mais procurou o órgão para saber se isso tornaria o local irregular.
“Pousos e decolagens de helicópteros em áreas não cadastradas podem ser realizados, sob total responsabilidade do operador, e sem autorização prévia da Anac, desde que o acesso ao público seja restringido e sejam atendidos os demais requisitos do Regulamento Brasileiro de Aviação Civil nº 91, seção 91.329”, informou a assessoria do órgão nacional.
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Local não é cadastrado na Anac – Foto: Divulgação Defesa Civil/ND
Condomínio tem 30 dias para atender exigências
A Defesa Civil de Balneário Camboriú exigiu ao condomínio a apresentação da Ficha Técnica da Edificação e do formulário de inspeção técnica, conforme determina a Lei Municipal nº 2805 de 12 de março de 2008.
O documento de inspeção é obrigatório em todos os edifícios e deve ser mantido exposto no hall de entrada e em local visível para fiscalização. Foi dado o prazo de 30 dias para a apresentação.
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Técnicos realizaram vistoria e interditaram local nesta quarta-feira (26) – Foto: Divulgação Defesa Civil/ND
A coordenadora de Prevenção a Desastres da Defesa Civil de Balneário Camboriú, Jhully Martins, afirmou que a interdição foi uma medida preventiva essencial para evitar novas tragédias.
“O heliponto permanecerá fechado até que as normas sejam atendidas e todas as irregularidades sejam corrigidas. Nossa equipe está acompanhando de perto a situação e só autorizaremos a reabertura após uma nova vistoria comprovar que o local oferece segurança total para seu uso”, ressaltou.
Após o anúncio da interdição, o ND Mais procurou a administração do condomínio, que informou que apenas um heliponto é homologado pela Anac em Balneário Camboriú.
“Foram faladas inverdades. O acesso ao heliponto está todo regulamentado e é bloqueado. Estamos elaborando nossa defesa e em breve iremos nos manifestar”, disse.