
Na outra ponta da tabela, estão as graduações com menor porcentagem de formados trabalhando: história, relações internacionais e serviço social. Medicina é o curso com maior parcela de egressos trabalhando na área de formação
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Cursos nas áreas de saúde e de informática registraram os maiores índices de brasileiros que estão trabalhando na própria área de formação, mostra um levantamento produzido pelo Instituto Semesp entre agosto e setembro deste ano.
O estudo considerou as respostas de 5.681 egressos do ensino superior, tanto da rede pública quanto da privada, em todos os estados do país.
“São áreas que têm maior número de vagas de emprego e menor oferta de mão de obra especializada”, afirma Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp.
“Há uma demanda ainda muito grande no Brasil por médicos, sobretudo nas regiões mais afastadas dos grandes centros. E TI [tecnologia da informação] é o mercado que mais cresce, mas que ainda enfrenta falta de profissionais com formação superior.”
O caso mais crítico é o de engenharia química: mais da metade dos formados (55,2%) atua em outro campo profissional. Segundo Capelato, há duas explicações para isso:
crise financeira – a área acaba dependendo dos ciclos econômicos do Brasil e de projetos da indústria química para gerar mais empregos;
maior atratividade em outras carreiras – como o curso oferece um currículo interdisciplinar, os profissionais da engenharia química conseguem recorrer a mercados que oferecem salários mais altos, como os da área financeira.
Trabalham na área de formação: média de R$ 4.494
Trabalham fora da área de formação: média R$ 3.523
TOP 10 – Cursos com maior empregabilidade
Medicina (92% de empregados)
Farmácia (80,4% de empregados)
Odontologia (78,8% de empregados)
Gestão da tecnologia da informação (78,4% de empregados)
Ciência da computação (76,7% de empregados)
Medicina veterinária (76,6% de empregados)
Design (75% de empregados)
Relações públicas (75% de empregados)
Arquitetura e urbanismo (74,6% de empregados)
Publicidade e propaganda (73,5% de empregados)
Cursos com maiores índices de formados trabalhando fora da área de formação
Engenharia química (55,2% de empregados em outra área)
Relações internacionais (52,9% de empregados em outra área)
Radiologia (44,4% de empregados em outra área)
Engenharia de produção (42,4% de empregados em outra área)
Processos gerenciais (41,2% de empregados em outra área)
Gestão de pessoas/RH (40,5% de empregados em outra área)
Jornalismo (40,4% de empregados em outra área)
Biologia (40,0% de empregados em outra área)
Química (38,9% de empregados em outra área)
História (36,8% de empregados em outra área)
Sem empregos
História (31,6% de desempregados)
Relações internacionais (29,4% de desempregados)
Serviço social (28,6% de desempregados)
Radiologia (27,8% de desempregados)
Enfermagem (24,5% de desempregados)
Química (22,2% de desempregados)
Nutrição (22% de desempregados)
Logística (18,9% de desempregados)
Agronomia (18,2% de desempregados)
Estética e cosmética (17,5% de desempregados)
Entre as principais dificuldades listadas pelos desempregados, estão a falta de experiência na área, os salários baixos oferecidos pelas empresas e a ausência de vagas de trabalho.
Vídeos
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