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Os 20 anos do lançamento de “Debaixo das Saias de Catarina”, álbum de estreia da Tribuzana, e um convite para abrir a recente edição do Festival de Música de Itajaí mexeu muito bem com o ânimo da banda itajaiense.
Em um hiato nas atividades desde 2012, a banda não só se reagrupou para esses reencontros com o público como também atualizou seu catálogo com a adição nas plataformas de streaming de “O Balaio das Ideias”, o segundo disco da Tribuzana lançado em 2008. Agora a discografia está lá completinha para vocês apreciarem no Spotfy: “Debaixo das Saias de Catarina” (2004), “Balaio das Ideias” e “Pexeriuns Musicalles” (2023).
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Tribuzana, banda de Itajaí, retorna após 12 anos e com a discografia e a pressão sonora em dia! – Foto: Divulgação
E lá está a Tribuzana na sua melhor forma e essência, com a conhecida mistura melódica-percussiva com MPB e referências bem caras à cultura popular regional e do litoral catarinense. São 11 canções que compõem um álbum na sua melhor concepção: bem produzido, linearidade conceitual e um mosaico de histórias, arranjos, canções e ritmos que dialogam e dão sentido à uma obra desta natureza – e que te farão vibrar também.
Fundir a música regional com elementos do pop é como caminhar sobre o fio da navalha. O exemplo mais bem-sucedido e conhecido foi o Manguebeat, movimento que lançou a cena de Recife (PE) na década de 1990 com Chico Science e Nação Zumbi, Mundo Livre S.A., Eddie, entre outras. E há muitos fracassos, que sequer chegaram ao nosso conhecimento.
Em Santa Catarina, temos o Dazaranha, assim como antes o Grupo Engenho, mas certamente Tribuzana e Tarrafa Elétrica – também de Itajaí – se inserem neste contexto feliz. “Debaixo das Saias de Catarina” é um marco na história da banda, por ser o primeiro e também por consolidar logo de cara o espírito “força da natureza” dos sonoros peixeiros.
Tribuzana se jogou no universo místico de Franklin Cascaes em álbum de estreia!
É um álbum com propósito e identidade, pautado em uma pesquisa sobre a obra do artista plástico e folclorista Franklin Cascaes (1908-1993) e todo o seu universo de realismo fantástico regional. Mais raiz impossível.
E agora temos de volta Vê Domingos (guitarra, violão e voz), André Carlos (Guitarra e violões), Chico Preto (percussão e voz), Mário Jr (bateria e voz) e Nando Bittencourt (contra baixo) juntos para celebrar também o legado de um componente eterno na história do grupo: o cantor e vocalista Betão Parisi, que partiu em 20214.