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Água invadiu casas e arrastou móveis. A Defesa Civil e o Fundo Social do Estado enviaram ajuda para os moradores da região. Vale do Ribeira tem mais de 80% da chuva prevista para o mês de fevereiro em menos de 3 horas.
Reprodução/Jornal Nacional
No Vale do Ribeira, no interior de São Paulo, uma cidade decretou situação de emergência.
A principal avenida da cidade ficou alagada. Pariquera-Açu fica em um vale entre a Serra do Mar e o litoral sul de São Paulo. A água também invadiu muitas casas e arrastou móveis. Algumas pessoas se arriscaram passando pelas áreas alagadas.
“Só tirei meu documento e a bolsa dela da escola”, conta a empregada doméstica Nely França Pontes.
O temporal caiu nas primeiras horas do dia. Foram mais de 170 mm em apenas três horas. O maior volume foi entre 7h e 8h: 100 mm.
“Trovão, raio… direto, uma chuva que eu nunca vi na minha vida”, lembra o aposentado Roberto Orfeu.
Segundo a Defesa Civil de São Paulo, o volume de chuva foi equivalente a 80% do que costuma chover durante todo o mês de fevereiro.
“Encheu padaria, base do Samu”, afirma o caminhoneiro João Mendes Júnior.
Com várias ruas alagadas, as ambulâncias não conseguiam acessar o Hospital Regional de Pariquera-Açu, que também ficou sem internet. Segundo a administração do hospital, isso impossibilitou a entrada de pacientes via CROSS, que é o sistema de regulação de vagas do Estado.
Na casa da aposentada Antônia Ramos, de 88 anos, a água derrubou a porta da cozinha e subiu mais de 1 metro.
“Estava com a água pela cintura. E se não viessem, a água ia subindo, subindo… Não sei o que seria de mim”, afirma a aposentada Antônia Ramos.
Ela perdeu quase todos os móveis e foi resgatada pelo marido de uma neta.
“Na hora que eu vi tudo cheio de água, eu precisei voltar para pegar uma corda porque não dava para deixá-la sozinha aqui. Não tinha como”, explica o encarregado de obras Roberto de Souza Ribeiro.
A Defesa Civil e o Fundo Social do estado enviaram ajuda.
“A ajuda que está sendo fornecida pela Defesa Civil de SP são cerca de mil itens. Incluindo cestas básicas, kits de higiene pessoal, kits de limpeza e itens de dormitório que se enquadram colchões, travesseiros, cobertores, jogos de cama. Além da parte de limpeza, além das doações que estão partindo do Fundo Social, que seriam roupas, brinquedos, essa parte”, afirma o capitão Mateus Nogueira, diretor do Núcleo de Análises Técnicas da Defesa Civil de São Paulo.
“Recomeçar e agradecer por estar com vida. Começar a limpar, esperar que a chuva colabore também, que não suba de novo”, afirma a auxiliar administrativa Ana Carolina Gonçalves Bueno.
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