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Quando deixou o governo ao final de seu segundo mandato, em 2010, Lula ostentava uma marca recorde: 85% dos brasileiros consideravam seu governo bom ou ótimo. Nenhum presidente da República, especialmente a partir da redemocratização, conseguiu algo assim. Um verdadeiro portento de popularidade.
Agora a situação é bem outra. Com problemas na comunicação — que também já foi uma área bem-sucedida no passado –, questões econômicas e políticas, bem como vácuos de política pública, o governo federal enfrenta um mau humor crescente da população desde outubro de 2024.
A postura acolhedora e paterna de Lula, as promessas de fácil acesso a todos à picanha com cerveja, o discurso conciliador, o ar blasé do nosso presidente, nada disso parece ser suficiente, especialmente quando o arroz, o feijão, o óleo, a carne, as frutas e todo e qualquer alimento, ficam mais caros.
Além disso, a população sabe, de modo intuitivo ou de olho nas análises econômicas, que os combustíveis vão encarecer. Agora, daqui a uma semana, quinze dias ou um mês. Mas é um movimento cuja ocorrência é certa. Lula diz que “não vai segurar nada” e que a Petrobrás “é independente”. Contudo, sabe-se que não é nem assim. E se os combustíveis aumentarem, a inflação ganha grande força, claro.
Neste contexto, não há discurso que consiga reverter toda essa avaliação negativa da população. O governo precisa, com urgência, de um plano concreto de ações efetivas, caso contrário ficará na passiva posição de um telespectador de sua própria omissão.