Soltura foi realizada pelo projeto Pé-de-Pincha na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Igapó-Açu, localizada entre os municípios de Beruri, Borba e Manicoré. Quase cinco mil quelônios são soltos em comunidades ribeirinhas do AM
Quase cinco mil filhotes de quelônios foram soltos em comunidades ribeirinhas do Amazonas neste mês. A soltura foi realizada pelo projeto Pé-de-Pincha na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Igapó-Açu, localizada entre os municípios de Beruri, Borba e Manicoré.
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As solturas ocorreram entre os dias 6 e 7 de fevereiro. No primeiro dia, 1.377 filhotes foram libertados na comunidade Nova Geração. No dia seguinte, houve outros 3.545 quelônios foram soltos na comunidade vizinha, São Sebastião do Igapó-Açu, totalizando 4.922 filhotes entregues à natureza.
O projeto, que existe desde 2010, realiza a transferência de ovos de tracajás – espécie de quelônio típica da Amazônia -, coletados por voluntários durante as secas dos rios e levados para áreas protegidas. A soltura dos filhotes, feita na época da cheia, tem o objetivo de proteger a espécie e o meio ambiente.
O programa já devolveu à natureza mais de 70 mil filhotes em comunidades dos municípios de Borba, Careiro, Manicoré e Beruri, no estado do Amazonas.
Para realizar o manejo e preservação dos quelônios, a população ribeirinha dessas comunidades recebe orientações por meio de palestras e treinamentos em educação ambiental com especialistas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
“É necessário parabenizar a comunidade. Esse projeto poderia ter 100 parceiros, mas sem o envolvimento das comunidades, das crianças, que tem uma boa participação no projeto, não teria o sucesso que está tendo, nem hoje, nem nos últimos 15 anos”, afirmou Cristiano Gonçalves, gestor da RDS Igapó-Açu.
A soltura de quelônios não apenas ajuda a proteger espécies ameaçadas, mas também contribui para a manutenção da saúde dos rios e da biodiversidade local. As tartarugas e tracajás contribuem com as populações de outras espécies, além de transformar proteína animal em matéria orgânica, participando da ciclagem de nutrientes e da limpeza dos rios.
“A população aumentou muito nesses últimos 15 anos. A semente do Pé-de-Pincha foi aqui, e daí se espalhou para outras áreas. Tivemos muito apoio da gestão da RDS e também os comunitários, porque se eles não tivessem topado no começo, nada tinha acontecido”, declarou o professor e coordenador do projeto Pé de Pincha, Paulo Andrade.
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As solturas ocorreram entre os dias 6 e 7 de fevereiro. No primeiro dia, 1.377 filhotes foram libertados na comunidade Nova Geração. No dia seguinte, houve outros 3.545 quelônios foram soltos na comunidade vizinha, São Sebastião do Igapó-Açu, totalizando 4.922 filhotes entregues à natureza.
O projeto, que existe desde 2010, realiza a transferência de ovos de tracajás – espécie de quelônio típica da Amazônia -, coletados por voluntários durante as secas dos rios e levados para áreas protegidas. A soltura dos filhotes, feita na época da cheia, tem o objetivo de proteger a espécie e o meio ambiente.
O programa já devolveu à natureza mais de 70 mil filhotes em comunidades dos municípios de Borba, Careiro, Manicoré e Beruri, no estado do Amazonas.
Para realizar o manejo e preservação dos quelônios, a população ribeirinha dessas comunidades recebe orientações por meio de palestras e treinamentos em educação ambiental com especialistas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
“É necessário parabenizar a comunidade. Esse projeto poderia ter 100 parceiros, mas sem o envolvimento das comunidades, das crianças, que tem uma boa participação no projeto, não teria o sucesso que está tendo, nem hoje, nem nos últimos 15 anos”, afirmou Cristiano Gonçalves, gestor da RDS Igapó-Açu.
A soltura de quelônios não apenas ajuda a proteger espécies ameaçadas, mas também contribui para a manutenção da saúde dos rios e da biodiversidade local. As tartarugas e tracajás contribuem com as populações de outras espécies, além de transformar proteína animal em matéria orgânica, participando da ciclagem de nutrientes e da limpeza dos rios.
“A população aumentou muito nesses últimos 15 anos. A semente do Pé-de-Pincha foi aqui, e daí se espalhou para outras áreas. Tivemos muito apoio da gestão da RDS e também os comunitários, porque se eles não tivessem topado no começo, nada tinha acontecido”, declarou o professor e coordenador do projeto Pé de Pincha, Paulo Andrade.
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