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Até 2024, materiais eram comprados pela prefeitura e enviados para as escolas, que montavam os kits. Neste ano, responsabilidade pela aquisição dos itens passou a ser de cada instituição. Material escolar
TV Globo/ Reprodução
Pais de alunos de escolas municipais de Belo Horizonte reclamam que o kit escolar ainda não foi entregue pela prefeitura neste ano.
Uma mulher que tem duas filhas matriculadas em uma instituição no bairro Lindeia, na Região do Barreiro, disse que, desde a semana passada, aguarda a entrega do uniforme e do kit escolar das meninas, mas, até agora, elas não receberam o material.
“É um problema porque precisam dos materiais para estudar, né? E, sem materiais, sem o kit material, todos os dias vão para a escola e não tem o kit para estudar. É uma bênção quando a prefeitura dá, porque já ajuda muito os pais, principalmente quando a gente está desempregada”, falou a mãe, que não quis ser identificada.
As aulas começaram no dia 5 de fevereiro. Segundo a prefeitura, são quase 200 mil estudantes na rede municipal, sendo 55 mil na educação infantil, 114 mil no ensino fundamental e 30 mil nas creches parceiras.
Até 2024, os materiais básicos eram comprados pela prefeitura e enviados para as escolas, que montavam e distribuíam os kits com apontador, borracha, caneta, tinta, cola, giz, lápis de cor, estojo, caderno, régua e tesoura.
Neste ano, as escolas receberam um ofício da Secretaria Municipal de Educação informando que a responsabilidade pela aquisição dos itens seria de cada instituição, com recursos do caixa escolar. O problema é que o aviso foi feito no dia 31 de janeiro, cinco dias antes de as aulas começarem.
Estudantes em porta de escola em BH
TV Globo/ Reprodução
Para Vanessa Portugal, da diretoria colegiada do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (Sind-Rede), a situação demonstra falta de planejamento da prefeitura.
“Implica um alto grau de improvisação, né? Vão ter crianças que de fato não vão ter o caderno, não vão ter o lápis. Provável é que as escolas vão dar o seu jeito, mas é um jeito improvisado, que não é o ideal. De início, vão ser materiais muito mais básicos, muito menos completos”, afirmou.
O secretário municipal de Educação, Bruno Barral, explicou que a mudança foi feita para aproveitar o dinheiro parado no caixa das escolas. Segundo ele, o valor de todas as unidades soma mais de R$ 80 milhões, e escolas que não tinham o recurso já receberam o valor para a compra.
A expectativa é que, nos próximos dias, todas as crianças recebam o material que falta.
“É uma medida administrativa da secretaria, já temos mais de 50% das nossas escolas e creches com materiais entregues”, disse.
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