Alunos da UnB criam ‘drone gigante’ para combater incêndios; veja VÍDEO


‘SiDrone eVTOL’ foi projetado para responder rapidamente a emergências e atuar em ambientes desafiadores. Em 2024, DF teve mais 4 mil incêndios florestais e 8.893 hectares de área devastada. ‘Drone gigante’ que combate incêndios foi criado por alunos da UnB
Um grupo de alunos e pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) criou um “drone gigante” para detectar e extinguir focos de incêndio . Para apagar o fogo, o drone lança “bolas extintoras de incêndio”, carregadas com pó ABC que e “estouram” em contato com as chamas (veja vídeo acima).
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𖥂 O “SiDrone eVTOL” foi projetado para responder rapidamente a emergências, “contribuindo significativamente para a proteção ambiental e a segurança das comunidades afetadas por incêndios”, segundo os projetistas;
𖥂 O drone conta ainda com um software avançado que ajuda na operação remota e na coleta de dados, combinado com sistemas que garantem eficiência e eficácia em ambientes desafiadores.
𖥂 As dimensões do drone são de 2,5 metros de envergadura da asa, e comprimento de 1,70 metros.
No ano passado, o DF teve mais 4 mil incêndios florestais e, segundo Corpo de Bombeiros, o fogo devastou uma área de 8.893 hectares, o que equivale a quase 9 mil campos de futebol.
📌A Floresta Nacional de Brasília (Flona) teve quase metade da área queimada por um incêndio que durou cinco dias, no início do mês de setembro.
Como funciona o SiDrone eVTOL❓
Drone criado por alunos da UnB foi projetado para combater incêndios
Reprodução/Arquivo pessoal
Ao g1, o projetista chefe do SiDrone eVTOL explicou que já existem projetos de drones para apagar incêndios no Brasil, mas todos são de curto alcance e quantidade limitada de carga, diferentemente do drone projetado na UnB.
“Além disso, nenhum deles é eVTOL. O eVTOL (veículo elétrico de decolagem e pouso vertical) é ideal pra esse tipo de missão, pois pode decolar de qualquer lugar e manter um vôo horizontal mais econômico e rápido”, diz Pedro Henrique Tristão.
Segundo ele, a ideia do drone surgiu por causa dos incêndios que todos os anos também atingem a Faculdade de Ciências e Tecnologias em Engenharia (FCTE – Campus UnB Gama).
“Ele tem um software que calcula o lançamento da carga para acertar em cima do foco da chama”, explica Pedro.
O drone também conta com funções específicas e complementares para garantir desempenho em cenários desafiadores, além de tecnologias inovadoras, tais como:
Navegação por GPS e IMU (Unidade de Medição Inercial, mesmo sistema usado para mísseis guiados);
Câmeras térmicas para focos de calor e sensores ambientais para vento e umidade;
Compartimento seguro de cargas, liberação eletrônica remota e monitoramento da carga restante;
Transmissão de dados e controle remoto em tempo real.
Pedro Henrique Tristão diz que o projeto ainda está em fase de protótipo e, por isso, ainda não fez o primeiro voo com cargas. Mas a previsão é de que isso ocorra em março.
“Apesar de estar funcionando, alguns sistemas ainda precisam de atenção. Por exemplo, ele propositalmente ainda não está atingindo sua velocidade máxima, ainda estamos ajustando alguns sensores e não queremos acidentes”, afirma.
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