MP-SP pede arquivamento de inquérito sobre colisão de motos aquáticas que matou bailarina no litoral de SP


Juliana Carvalho Nasser, de 27 anos, morreu após a amiga colidir com a moto onde ela estava com um homem. A motorista foi indiciada, mas a Promotoria de Justiça concluiu que não houve intenção. Juliana Carvalho Nasser morreu após acidente entre motos aquáticas no litoral de SP
Reprodução
A Promotoria de Guarujá, no litoral de São Paulo, pediu o arquivamento do inquérito sobre o acidente entre motos aquáticas que causou a morte da bailarina Juliana Carvalho Nasser, de 27 anos. Uma amiga da vítima foi indiciada, mas o Ministério Público concluiu que ela e o piloto da moto em que Juliana estava não tiveram a intenção de causar o acidente. A decisão final caberá à Justiça.
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O acidente aconteceu no fim da tarde do dia 10 de março. Moradora da capital paulista, Juliana estava em uma moto aquática na Marina Tropical de Guarujá.
Os depoimentos colhidos ao longo da investigação apontaram que a amiga da vítima pilotava um veículo sem habilitação e bateu em outro, ocupado por Juliana e um homem que as acompanhava.
A bailarina foi lançada da garupa ao mar após a batida e perdeu a consciência. Ela recebeu atendimento, mas não resistiu e morreu no Hospital Santo Amaro.
Juliana Carvalho Nasser era bailarina profissional e morava em São Paulo (SP)
Reprodução/Facebook
O laudo necroscópico constatou que Juliana morreu por politraumatismo. No início da investigação, o delegado Antonio Sucupira Neto, titular da Delegacia de Polícia Sede de Guarujá, avaliou que a amiga de Juliana “assumiu o risco” ao fazer manobras perigosas sem habilitação.
O promotor Rafael de Paula Albino Veiga, da 5ª Promotoria de Justiça de Guarujá, discordou do delegado. Para ele, o piloto e a amiga não assumiram o risco ou tiveram a intenção de provocar o acidente.
“Da análise de todos os elementos de informação coligidos durante a fase investigatória, observo que ausentes quaisquer indicativos de dolo direto ou indireto na conduta dos investigados”, diz Na manifestação, de 17 de fevereiro.
Próximos passos
Com o pedido de arquivamento, o juiz responsável deverá decidir se irá ou não concordar com o entendimento do Ministério Público.
Em nota, o órgão explicou que se o magistrado discordar o processo retornará ao MP com vista a outro promotor para avaliação de eventual conduta culposa dos investigados.
Quem era Juliana?
Juliana era uma bailarina profissional. Um familiar ouvido pela reportagem, que preferiu não se identificar, contou que a jovem tinha o costume de visitar Guarujá.
A vítima tinha licenciatura em Artes, com Habilitação em Dança e formação em balé clássico, além de um MBA em Gestão Estratégica de Negócios pela universidade Anhembi Morumbi. Ela era coach pela Sociedade Brasileira de Coaching. Já foi professora em diversas escolas de dança e ganhou prêmios em festivais.
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