Quantos quadradinhos de chocolate você pode comer por dia?

Já se perguntou quantos quadradinhos de chocolate você pode comer por dia? Apesar de ser uma sobremesa apreciada pelo sabor, o doce contém grandes quantidades de açúcar e lactose, o que pode torná-lo uma escolha menos recomendada, segundo a nutricionista Alexandra Tijoux.

Barras de chocolate dentro de balde

Apesar de ser uma sobremesa apreciada pelo sabor, o doce contém grandes quantidades de açúcar e lactose – Foto: Canva/ND

Quantos quadradinhos de chocolate você pode comer por dia?

Devido ao excesso de açúcar e lactose, o consumo exagerado pode aumentar o risco de problemas cardíacos e diabetes, alerta a nutricionista. Por isso, ela recomenda ingerir entre 30 e 40 gramas por dia (o equivalente a uma barra pequena ou quatro quadradinhos), como a melhor escolha para equilibrar sabor e saúde.

Embora essas quantidades possam ser eficazes, a especialista sugere uma opção menos calórica e mais benéfica à saúde: o chocolate amargo. “Ele é altamente interessante devido ao alto teor de manteiga de cacau”, destaca. Apesar de muitos preferirem o chocolate ao leite, ela explica que quanto menor a proporção de cacau, menos aproveitamos seus benefícios, como ocorre no chocolate tradicional.

Benefícios do chocolate amargo

Alexandra aponta que o cacau presente no chocolate amargo é rico em polifenóis, especialmente flavonoides, compostos que beneficiam o sistema cardiovascular. “Os flavonoides melhoram a qualidade das artérias”, explica a nutricionista, resultando em uma circulação sanguínea mais eficiente.

Mulher com aparelho de pressão em braço com mão no rosto

Estudos indicam que o consumo de cacau auxilia na regulação da hipertensão – Foto: Canva/ND

Estudos indicam que o consumo de cacau auxilia na regulação da hipertensão. Além disso, os polifenóis e flavonoides atuam como antioxidantes, protegendo o organismo contra radicais livres. “A ingestão de antioxidantes na dieta ajuda a limitar a acumulação de radicais livres, moléculas que aceleram o envelhecimento celular”, ressalta Alexandra.

O chocolate amargo também é fonte de diversos oligoelementos, como o magnésio. “A deficiência de magnésio é um problema comum em nossa sociedade estressada”, observa a especialista. O magnésio atua como um relaxante muscular, auxiliando na redução do estresse. “Quando estamos sob estresse, perdemos magnésio pela urina”, explica Tijoux, e o consumo desse doce pode ajudar a repor esse mineral.

Até onde o chocolate amargo pode ser saudável?

No entanto, é importante moderar a ingestão, pois o esse tipo de sobremesa é ligeiramente mais calórico devido ao maior teor de gorduras (“lipídios” nos rótulos).

Embora essas sejam gorduras consideradas “boas” para a saúde, elas são mais calóricas que o açúcar. Portanto, a recomendação é limitar o consumo a dois quadrados de chocolate amargo por dia.

Tipos de chocolate

Vários tipos de de chocolate

Esse doce é um produto derivado do cacau e apresenta diversas variações – Foto: Canva/ND

O chocolate é um produto derivado do cacau e apresenta diversas variações, entre as quais se destacam:

  • Chocolate amargo: contém uma alta porcentagem de cacau (geralmente acima de 50%) e possui pouco ou nenhum açúcar adicionado. É conhecido por seu sabor intenso e amargo.
  • Chocolate ao leite: apresenta uma menor quantidade de massa de cacau (menos de 25%), sendo adicionado de leite em pó ou condensado e açúcar, resultando em um sabor mais suave e doce.
  • Chocolate branco: não contém massa de cacau, sendo composto por manteiga de cacau, açúcar e leite, o que lhe confere uma coloração clara e um sabor mais doce.

Riscos do consumo excessivo

Embora o esse doce possa oferecer benefícios à saúde, o consumo excessivo pode acarretar efeitos negativos, tais como:

  • Aumento de peso e obesidade: devido ao seu elevado teor calórico e de gorduras, o consumo exagerado pode contribuir para o ganho de peso.
  • Problemas cardiovasculares: a ingestão excessiva de gorduras saturadas presentes no doce pode elevar os níveis de colesterol LDL, aumentando o risco de doenças cardíacas.
  • Distúrbios gastrointestinais: o consumo em grandes quantidades pode sobrecarregar o fígado e causar sintomas como dores abdominais, diarreia e indisposição.

Qualidade do chocolate: dicas de escolha

Segundo a nutricionista, para selecionar um chocolate de boa qualidade, considere as seguintes orientações:

  • Teor de cacau: opte por aqueles com alto percentual de cacau (preferencialmente acima de 70%), pois tendem a conter menos açúcar e mais antioxidantes benéficos.
  • Lista de ingredientes: verifique se os primeiros ingredientes são massa ou manteiga de cacau, indicando uma maior concentração do fruto. Evite produtos que listem açúcar como o primeiro componente ou que contenham gorduras hidrogenadas e aditivos artificiais.
  • Processo de fabricação: tipos que passam por menos processos de refinamento geralmente preservam melhor os nutrientes do cacau.

Por isso, ao consumir chocolate, a moderação é fundamental para aproveitar seus benefícios sem incorrer nos riscos associados ao excesso.

Imagem de vários tipos de chocolate

Para selecionar um chocolate de boa qualidade, considere as seguintes orientações – Foto: Canva/ND

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