
Relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) elencou duas cidades brasileiras que podem ser atingidas pela elevação dos níveis do mar: o Rio de Janeiro e Atafona, distrito de São João da Barra (RJ).

Aumento do nível do mar ameaças cidades brasileiras – Foto: PMI/Divulgação
Segundo o relatório, o nível do mar subiu 13 centímetros entre 1993 e 2023, nas duas cidades e a tendência é que piore ainda mais.
Caso o aquecimento do planeta continue subindo, as projeções indicam que o mar suba mais 21 cm até 2050.
Mesmo que toda a humanidade se readequasse e zerasse a emissão de gases do efeito estufa a partir de hoje, a temperatura dos oceanos continuaria a subir em decorrência das emissões do passado.
Conforme relatório mais recente do IPCC (Painel do Clima da ONU), as emissões feitas até 2016 já são suficientes para elevar o nível dos mares em até 1,1 metro até 2030, em todo o mundo.

Aumento do nível do mar está associado ao derretimento de geleiras – Foto: Divulgação/Nasa/ND
Como impedir o aumento do nível do mar?
Impedir o aumento do nível do mar requer um esforço global e nacional, focado na mitigação do aquecimento global, adaptação das zonas costeiras e proteção de ecossistemas naturais.
O Brasil, com uma extensa linha costeira e ricas florestas tropicais, pode promover algumas políticas públicas para impedir esse avanço, entre elas:
- Restaurar manguezais e recifes de corais, que atuam como barreiras naturais contra o aumento do nível do mar e a erosão costeira;
- Proteger dunas e praias contra a urbanização desordenada;
- Transição para energias renováveis (solar, eólica, hidrelétrica);
- Incentivar o uso de veículos elétricos ou de transporte público;
- Impedir a construção em áreas vulneráveis à erosão e à inundação costeira;
- Combater o desmatamento de florestas e biomas, como a Amazônia, Pantanal e Cerrado.