Da marchinha ao samba-enredo: Carnaval de Piracicaba começa com blocos estáticos


Cidade tem apresentação do Bagaço da Laranja, estreia do Carnanéia e Carnaval das Marchinhas nesta sexta-feira (28). Polícia Ambiental de Piracicaba (SP) registra 98 atos de infração durante piracema no Rio Piracicaba.
Polícia Ambiental
O número de infrações de pescas irregulares durante a época de piracema, quando a prática é proibida para que os peixes se reproduzam, aumentou 164% em relação ao ano anterior no Rio Piracicaba, segundo a Polícia Ambiental de Piracicaba (SP).
📲 Participe do canal do g1 Piracicaba no WhatsApp
De acordo com a polícia, foram registrados 98 atos irregulares de novembro de 2024 a fevereiro de 2025, comparado a 37 em novembro de 2023 a fevereiro de 2024. As principais irregularidades foram relacionadas a pesca proibida em locais de trecho urbano do rio.
O valor da multa para essas infrações também aumentou de R$ 73.067,98 para 118.392,68. Mesmo assim, as práticas irregulares seguiram intensas nos últimos quatro meses. O período da piracema termina nesta sexta-feira (28) com 419 kg de pescados irregulares apreendidos e 1751 metros de redes de pesca apreendidas.
Varas de pesca apreendidas durante operação de preservação da piracema no Rio Piracicaba.
Polícia Ambiental
A corporação informou que diversas ações em função da preservação da piracema foram realizadas, desde o monitoramento prévio de pescas noturnas sem autorização a fiscalizações em estabelecimentos comerciais, como restaurantes e peixarias, que precisam apresentar nota fiscal e declarao estoque de peixes nativos para venderem o pescado.
Durante a operação, os policiais constataram que diversos locais estavam comercializando peixes nativos provenientes de pescas proibidas. Ainda de acordo com o balanço da Polícia Militar, cerca de 435 pescadores foram abordados e 117 embarcações foram fiscalizadas nos últimos quatro meses.
Mortandade de peixes
Tanquã, em Piracicaba, registra mortandade de peixes.
Edijan Del Santo/EPTV
O aumento de infrações durante a época da piracema preocupa as autoridades porque, em julho de 2024, o Rio Piracicaba passou pela maior mortandade de peixes já registrada, que chegou até a Área de Proteção Ambiental (APA) do Tanquã.
Cerca de 2,97 toneladas de peixes morreram por conta do despejo de poluentes lançados no Ribeirão Tijuco Preto, afluente do Piracicaba, por uma usina de Rio das Pedras (SP), que foi multada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) em R$ 18 milhões.
Por isso, o período da piracema se tornou ainda mais crucial, segundo as autoridades ambientais, para garantir a repovoação de peixes e preservação da fauna do rio.
O que muda com o fim da piracema? 🐟
O fim da piracema não significa que qualquer tipo e intensidade de pesca estão liberados. De acordo com o comandante da Polícia Ambiental da região de Piracicaba, André Manuel, a prática se torna menos restritiva em relação ao pescado nativo, mas algumas restrições continuam.
Rio Piracicaba, em Piracicaba (SP).
Polícia Ambiental
Mesmo com o fim do período, é proibido pescar em locais de confluência de rios, em trechos de corredeiras e em locais de outros efluentes do Rio Piracicaba.
As autoridades ambientais reforçam que a pesca e o lazer sejam realizados pela população de forma consciente, respeitando as normas impostas pela Polícia Ambiental e outros órgãos com o objetivo de preservar os peixes nativos do rio.
VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e Região
Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba
Adicionar aos favoritos o Link permanente.