
Kim Yo Jong, irmã de Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, ameaçou os Estados Unidos com uma resposta nuclear nesta terça-feira (4), após acusar Washington de intensificar as “provocações” devido à presença militar americana na região.

A Coreia do Norte voltou a elevar o tom contra os Estados Unidos – Foto: KCNA/ND
Kim Yo Jong acusa EUA de “política hostil”
A ameaça de Kim Yo Jong surgiu após a chegada do porta-aviões norte-americano USS Carl Vinson à base de Busan, na Coreia do Sul, no último domingo (2). O governo norte-coreano interpretou essa movimentação como uma provocação.
“A implantação constante de ativos estratégicos dos EUA destaca a urgência da RPDC em reforçar sua autodefesa dissuasão nuclear de guerra”, diz a vice-diretora do departamento do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia.

A Coreia do Norte afirmou que não ficará de braços cruzados caso os EUA insistam em ampliar suas operações militares na região – Foto: KCNA/Divulgação/Agência Central de Notícias da Coreia do Norte/Agência Lusa
A mídia estatal norte-coreana menciona, ainda, que este é o segundo desdobramento de ativos estratégicos dos EUA na Península Coreana neste ano. Além disso, cita diversos exercícios militares conjuntos entre EUA, Japão e Coreia do Sul, bem como o envio de bombardeiros estratégicos.
O comunicado afirma que os EUA mantêm uma postura hostil e que a Coreia do Norte responderá com o fortalecimento de seu poderio nuclear.
Pyongyang, capital da Coreia do Norte, alerta que pode tomar medidas estratégicas para ameaçar a segurança dos inimigos caso as “provocações” continuem.
Incerteza e tensão

Kim Jong-un supervisiona testes de drones suicidas em novembro de 2024 – Foto: Reprodução/KCNA
Especialistas apontam um aumento da tensão na região após o comunicado de Kim Yo Jong, no qual a Coreia do Norte reforça sua postura de defesa e ameaça retaliação caso os EUA mantenham suas operações militares próximas ao país.
O Ministério da Defesa da Coreia do Sul rejeitou as declarações de Kim Yo Jong, classificando-as como uma tentativa de justificar o desenvolvimento de mísseis nucleares.
A pasta ainda afirmou que a sobrevivência da Coreia do Norte depende do abandono de sua obsessão por armas nucleares.