
Filippo Monteforte
O papa Francisco deixou de usar uma máscara de oxigênio, anunciou o Vaticano nesta quarta-feira (19), acrescentando que as condições clínicas do pontífice, de 88 anos, estão “melhorando” depois de mais de um mês de hospitalização.
O jesuíta argentino está internado no hospital Gemelli, em Roma, desde 14 de fevereiro devido a uma pneumonia bilateral, mas a Santa Sé informou sobre progressos recentes após um período crítico marcado por crises respiratórias que geraram temores por sua vida.
“Confirma-se que as condições clínicas do santo padre estão melhorando”, escreveu o Vaticano em um boletim médico, que agora é publicado esporadicamente em vez de diariamente, dada a sua melhora.
Foi “suspensa a ventilação mecânica não invasiva e também foi reduzida a necessidade de oxigenoterapia de alto fluxo”, indicou, acrescentando que há progressos na fisioterapia motora e respiratória do papa.
A pneumonia de Francisco não foi “eliminada”, mas está “sob controle”, segundo a assessoria de imprensa do Vaticano.
Após uma série de crises, a respiração do pontífice melhorou na última semana e o Vaticano declarou na segunda-feira que ele estava passando “breves momentos” sem fornecimento de oxigênio.
Durante o dia, utiliza uma cânula nasal para receber oxigênio a alto fluxo, que os médicos estão reduzindo.
Até esta semana, o papa vinha usando uma máscara de oxigênio, mas na terça-feira o Vaticano disse que ele conseguiu ficar sem o dispositivo pela primeira vez.
O delicado estado de saúde do papa suscitou dúvidas sobre quem poderia dirigir o intenso programa de atos religiosos prévios à Páscoa, o período mais sagrado do calendário cristão. O Vaticano declarou nesta quarta que ainda não ha uma decisão definitiva.
Francisco é propenso a doenças respiratórias e, quando jovem, teve parte de um pulmão removido.
Apesar de sua recente melhora, a Santa Sé ainda não comunicou quando ele poderá sair do hospital. No fim de semana, indicou que o jesuíta continua precisando de tratamentos administrados no local.