Inicialmente, o prazo de entrega era fevereiro de 2024. Com a nova previsão, o monotrilho deve ser entregue com um ano e meio de atraso. 1ª composição do “people mover” entregue no Aeroporto Internacional de SP, em Guarulhos
Divulgação/Governo Federal
Com obras atrasadas, o monotrilho que conectará a linha 13-Jade da CPTM ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, ficará pronto somente em agosto, segundo informações passadas pela concessionária GRU Airport à Agência Nacional de Aviação (Anac).
Inicialmente, o prazo de entrega era fevereiro de 2024. Com a nova previsão, o monotrilho deve ser entregue com um ano e meio de atraso.
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A Anac informou que o atraso estaria relacionado a questões construtivas, de implantação de tecnologia e internas do consórcio construtor.
Segundo a agência, até esta quinta-feira (20), nenhum aditivo de prorrogação do prazo de entrega havia sido assinado. Portanto, a obra já é classificada como estando em atraso há mais de um ano, levando à abertura de um processo administrativo para sanção da GRU Airport, o que pode acarretar na aplicação de uma multa à concessionária.
➡️ O transporte está previsto no contrato de concessão do Aeroporto de Guarulhos, o que significa que cabe à Anac fiscalizar sua implementação para saber se a operadora está cumprindo as obrigações contratuais.
“A concessionária tem a obrigação de disponibilização de um sistema automatizado de transporte de pessoas (Automated People Mover), por meio do qual prestará gratuitamente aos usuários do aeroporto os serviços de transporte entre a estação Aeroporto Guarulhos, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), e cada um dos terminais de passageiros atualmente localizados dentro do aeroporto”, explica a Anac.
🔎 A GRU Aiport é responsável por construir e operar o monotrilho, mas o fornecimento dos veículos (composições) do transporte cabe ao consórcio AeroGRU.
A operadora do aeroporto também foi procurada, mas não retornou até a última atualização desta reportagem.
‘People Mover’
Anunciado em 2019 pelo ex-governador João Doria, o monotrilho, também conhecido como “People Mover”, foi alvo de questionamentos pelo Tribunal de Contas da União (TCU) — que alegava falta de estudos para comprovar que o modal era a opção mais viável para ser implementada no aeroporto.
As obras foram paralisadas em setembro de 2021 e só puderam ser retomadas no ano seguinte, mediante a aprovação do TCU, após o governo de São Paulo sanar irregularidades apontadas em auditorias feitas pelo tribunal.
O sistema possui 2.700 metros de extensão, com três veículos projetados para acomodar 200 usuários cada.
A primeira composição do monotrilho foi entregue em Cumbica em março de 2024.
