
Bertrand GUAY
Noventa e uma mil pessoas, segundo o Ministério do Interior, protestaram neste sábado, na França, contra o racismo e a extrema direita, algumas citando o governo dos Estados Unidos e outras agitando bandeiras palestinas.
As passeatas ocorreram em um contexto de guinada para a direita da política francesa, uma vez que o governo prometeu endurecer as políticas migratórias e o controle nas fronteiras. Manifestantes destacaram a intensificação das tendências políticas reacionárias no país e nos Estados Unidos.
Em Paris, mais de 21.000 pessoas foram às ruas, segundo o Ministério do Interior. “A extrema direita cresce em toda a Europa. Dá medo, porque, na França, vemos que os ideais da extrema direita são cada vez mais comuns, inclusive entre os ministros deste governo”, disse a aposentada Evelyne Dourille, 74.
Em Marselha, cerca de 3.300 pessoas, segundo a polícia, e 10.000, segundo o sindicato CGT, caminharam com faixas em que se lia “Contra a islamofobia de Estado” e “Tesla é a nova suástica”.
“Gostaria de pensar que a política da extrema direita americana fará as pessoas refletirem”, disse em Rennes Nicole Kiil-Nielsen, 75.