Quais são as piores cidades para ser mulher no Brasil? Veja ranking de estudo inédito

A primeira edição do relatório “Piores Cidades para Ser Mulher”, elaborado pela consultoria socioambiental Tewá 225, mostra que aproximadamente 99% das cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes têm desempenhos considerados “baixos” ou “muito baixos”em relação à igualdade de gênero.

Desempenho dos municípios brasileiros tem termos de igualdade de gênero é considerado insatisfatório no ranking de piores cidades para ser mulher - Foto: Miguel Bruna/Unsplash/ND

Desempenho dos municípios brasileiros tem termos de igualdade de gênero é considerado insatisfatório no ranking de piores cidades para ser mulher – Foto: Miguel Bruna/Unsplash/ND

O estudo que definiu as piores cidades para ser mulher no Brasil avaliou o desempenho de cada cidade em proporcionar um ambiente seguro e justo para as mulheres.

Metodologia do estudo

As cidades avaliadas foram as 319 que possuem mais de 100 mil habitantes (que representam cerca de 60% da população urbana brasileira), segundo o Censo de 2022 do IBGE.

O levantamento diz respeito ao ano de 2024 e foi realizado por meio de dados do DSC-BR (Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades). O foco foi nos indicadores do quinto ODS (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável) da ONU, relacionados a:

  • Taxa de feminicídio a cada 100 mil mulheres;
  • Desigualdade salarial por sexo;
  • Percentual de mulheres na Câmara de Vereadores;
  • Taxa de mulheres jovens de 15 a 24 anos que não estudam e nem trabalham;
  • Diferença percentual entre homens e mulheres que não estudam e nem trabalham.

Cada indicador foi pontuado de 0 a 100, considerando recortes como etnia, regionalidade, biomas e economia que impactam as oportunidades disponíveis para as mulheres.

Estudo avaliou as cidades considerando o ODS número 5 junto a recortes como etnia, regionalidade, biomas e economia que impactam as oportunidades disponíveis para as mulheres - Foto: ODS/Reprodução/ND

Estudo avaliou as cidades considerando o ODS número 5 junto a recortes como etnia, regionalidade, biomas e economia que impactam as oportunidades disponíveis para as mulheres – Foto: ODS/Reprodução/ND

Cerca de 98,7% das cidades brasileiras foram classificadas como “baixo” ou “muito baixo” no estudo

O desempenho das cidades foi classificado da seguinte maneira: “muito baixo” de 0 e 39,99; “baixo” de 40 a 49,99; “médio” de 50 a 59,99; “alto” de 60 a 79,99; e “muito alto” de 80 a 100.

No geral, os municípios brasileiros obtiveram resultados insatisfatórios pelo número de feminicídios e baixa representatividade feminina na política, aponta o relatório. Nenhuma cidade atingiu um nível considerado “alto”.

Das 319 cidades avaliadas no estudo, 269 foram classificadas como “muito baixo” – cerca de 84,3%. Outras 47 foram classificadas como “baixo” (aproximadamente 14,4%) e apenas três cidades ficaram no nível médio (ou 0,94% do total).

Paranaguá (PR) lidera o ranking das piores cidades para ser mulher no Brasil - Foto: Prefeitura de Paranaguá/Reprodução/ND

Paranaguá (PR) lidera o ranking das piores cidades para ser mulher no Brasil – Foto: Prefeitura de Paranaguá/Reprodução/ND

As dez piores cidades para ser mulher no Brasil, segundo o relatório da Tewá 225

  • 1º – Paranaguá (PR): 12,70
  • 2º – São Pedro da Aldeia (RJ): 14,98
  • 3º – Camaçari (BA): 16,79
  • 4º – Macaé (RJ): 18,78
  • 5º – Parauapebas (PA): 19,23
  • 6º – Cabo de Santo Agostinho (PE): 19,74
  • 7º – Pindamonhangaba (SP): 20,19
  • 8º – Açailândia (MA): 21,12
  • 9º – Santana (AP): 23,05
  • 10º – Ponta Grossa (PR): 23,25

Veja sua cidade no mapa interativo abaixo:

O relatório completo sobre as piores cidades para ser mulher no Brasil pode ser acessado no site oficial do estudo.

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