Uma lesão comum entre pessoas com mais de 65 anos aumenta a probabilidade de desenvolver demência dentro de um ano, se comparada a outras lesões físicas.
Um estudo sugere que essa lesão pode ser um indicador precoce de deterioração de condições cerebrais que levam à demência e outras doenças.
Lesão comum pode estar relacionada à demência
De acordo com o estudo conduzido por uma equipe de pesquisadores do Brigham and Woman’s Hospital e publicado no JAMA, idosos que sofrem quedas graves têm maior probabilidade de desenvolver demência dentro de um ano após o acidente, em comparação com pessoas da mesma idade que sofrem outros tipos de lesões físicas.
Embora as descobertas não provem que as quedas contribuem para o surgimento da demência, elas sugerem que as quedas podem ser um indicador precoce de deterioração de condições cerebrais que levam à doença de Alzheimer e outras complicações neurodegenerativas.
“As descobertas deste estudo sugerem suporte para a implementação de triagem cognitiva em adultos mais velhos que sofreram uma queda prejudicial”, diz o médico Alexander Ordoobadi, um dos autores do estudo.
Os pesquisadores descobriram, após analisarem um ano de reivindicações do Medicare dos EUA de pessoas que sofreram alguma lesão traumática, que adultos mais velhos que se machucam em quedas têm 20% mais chance de desenvolver demência em um ano.
De acordo com os especialistas, o declínio cognitivo pode aumentar a probabilidade de quedas e o trauma pode acelerar a demência.
Segundo a epidemiologista de lesões Molly Jarman, do Brigham and Women’s Hospital, “a relação entre quedas e demência parece ser uma via de mão dupla. O declínio cognitivo pode aumentar a probabilidade de quedas, mas o trauma causado por essas quedas também pode acelerar a progressão da demência e tornar o diagnóstico mais provável no futuro”.
*Importante: este conteúdo não substitui avaliações profissionais com médicos ou outros especialistas nas áreas de saúde e bem-estar.