![](https://static.ndmais.com.br/2024/10/capa-catarinense-morta-em-ataque-no-libano.jpg)
Ikram Yassine é libanesa e mãe da catarinense morta no Líbado, na última quarta-feira (26). Ela fez um apelo às autoridades brasileiras para retornar ao Brasil com os três filhos menores.
Mirna Raid Nasser, de 16 anos, foi morta em um ataque no último dia 23 de setembro com o pai, Raef Hussein Nassser, de 44 anos, ela nasceu em Balneário Camboriú, litoral norte catarinense.
![Imagem mostra mãe da catarinense morta no Líbano Imagem mostra mãe da catarinense morta no Líbano](https://static.ndmais.com.br/2024/10/capa-catarinense-morta-em-ataque-no-libano-800x420.jpg)
Ikram é mãe da catarinense morta no Líbano e que reconstruir a vida no Brasil – Foto: Reprodução
A mãe da catarinense morta em ataque no Líbano pede para ser incluída no voo de resgate assim como os três filhos. A aeronave partiu do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (3), e aguarda autorização antes de partir para Beirute.
Ikram teve a casa destruída no último dia 23 de setembro, e na última quarta-feira, a morte da filha Mirna Raid Nasser e do marido Raef Hussein Nassser, foram confirmadas.
“Estou sozinha, sem um homem, sem filha grande para me ajudar, então quero ir embora para o Brasil, para ficar com meu cunhado, ele vai me ajudar”, desabafa Ikram.
Ikram é libanesa e quer ser acolhida no Brasil com os três filhos menores – Vídeo: Reprodução
Jacqueline, prima de Mirna, vive em Brasília, e contou ao ND Mais que Ikram já teve autorização da embaixada brasileira para levar as documentações para voltar ao Brasil, entretanto o acesso é difícil.
“É muito difícil. Ela não sabe se vai conseguir, pois é muito difícil chegar lá por conta da guerra”, desabafa Jacqueline.
Mãe de catarinense morta no Líbano quer recomeçar a vida em Balneário Camboriú
Jacqueline conta que Ikram quer recomeçar a vida em Balneário Camboriú, com o apoio do cunhado, irmã e família, até cessar a guerra no Líbano.
![Fotomontagem mostra catarinense morta em ataque no líbano e a mãe Fotomontagem mostra catarinense morta em ataque no líbano e a mãe](https://static.ndmais.com.br/2024/10/destaque-catarinense-morta-em-ataque-no-libano-2-800x420.jpg)
Filha e marido de Ikram foram mortos em ataque no último dia 23 de setembro – Foto: Reprodução
“Estamos espalhados pelo Brasil, temos parentes em diversos Estados. Ela quer ficar aqui até a guerra acabar e retornar ao Líbano”, explica.
O avião do Brasil responsável pela missão de repatriação estará de prontidão em Portugal nos próximos dias. Não há previsão de quando o avião, que é da FAB (Força Aérea Brasileira), chegará ao Líbano e nem confirmação de quem será autorizado a embarcar nele.
Como foi o ataque que vitimou a catarinense
Mirna Raid Nasser saiu do Brasil ainda criança e morava no Líbano desde então. Os detalhes sobre o bombardeio que acabou na morte dela e do pai foram relatados com exclusividade ao ND Mais pela prima de Mirna, Jacqueline Nasser, que mora no Brasil.
De acordo com Jacqueline, o pai da jovem havia enviado a mulher e os filhos mais novos para a casa dos avós em razão do perigo que estavam vivendo. Ele e Mirna, então, foram para casa buscar pertences quando o bombardeio aconteceu.
![foto de Mirna, catarinense morta em ataque no Líbano foto de Mirna, catarinense morta em ataque no Líbano](https://static.ndmais.com.br/2024/09/mirna-ataque-libano-2-776x800.jpeg)
Mirna tinha apenas 16 anos e morava com os pais e três irmãos mais novos no Líbano – Foto: Arquivo Pessoal
“Acordamos com as notícias que estavam bombardeando, já tinham pessoas que tinham morrido na minha cidade. Entre 12h e 13h recebemos a notícia do bombardeio da casa do meu tio. Eles estavam na casa arrumando as coisas para poderem sair da cidade”, disse.
Após esperarem o dia inteiro por novidades, Jacqueline recebeu a notícia que o pior havia ocorrido: a prima e o tio haviam morrido no ataque.
“Ficaram embaixo da casa bombardeada até o outro dia. Quando os bombardeios acalmaram um pouco, tiraram eles de lá mortos”, lamenta Jacqueline.
Segundo Jacqueline, Mirna tinha orgulho de ser brasileira. Ela era a única dos quatro irmãos nascida no Brasil. “Acho que o que mais animou ela de ser brasileira foi na copa. Ela gravava vídeos torcendo para o Brasil”, lembra a prima.