Operação Integration: Justiça autoriza polícia a usar avião que pertenceu a Gusttavo Lima e outras três aeronaves da Esportes da Sorte


Na decisão, a juíza Andréa Calado da Cruz considerou que o uso das aeronaves pela polícia cumpre o requisito de interesse público. Aeronave foi apreendida no aeroporto de Jundiaí (SP)
Polícia Civil/Divulgação
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) autorizou a Polícia Civil de Pernambuco a utilizar o avião que pertenceu a Gusttavo Lima e foi vendido aos donos da Vai de Bet. O cantor sertanejo e os sócios da casa de apostas online estão entre os investigados da Operação Integration, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro proveniente de jogos ilegais.
A Justiça também permitiu a incorporação de outras três aeronaves, que pertenciam à “bet” Esportes da Sorte, do empresário Darwin Henrique da Silva Filho.
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O g1 teve acesso à decisão, assinada pela juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, atendendo a um pedido feito pelo diretor integrado metropolitano da Polícia Civil, o delegado Paulo Gondim, que é responsável pelas investigações do caso.
A decisão contempla as seguintes aeronaves:
Helicóptero de modelo EC 130 T2, pertencente à Esportes da Sorte;
Um avião de modelo Falcon 2000EX, também da Esportes da Sorte;
Um helicóptero EC 130 T2, da Esportes da Sorte;
O jato Cessna Aircraft 560 XLS, da J.M.J Participações Ltda. (vendido por Gusttavo Lima à empresa dos donos da Vai de Bet).
A magistrada considerou que o uso dos aviões pela polícia cumpria os requisitos de interesse público e de utilização para “o desempenho das atividades funcionais” da corporação.
“No que diz respeito ao interesse público, considero que está claramente evidenciado na justificativa apresentada pela autoridade policial solicitante. Isso demonstra que o objetivo da medida é garantir o funcionamento eficaz das atividades da Polícia Civil. (…) É inegável que a Polícia Civil faz parte das instituições de segurança pública (…). Conforme indicado pela autoridade solicitante, o uso do bem será uma forma de proteger a sociedade por meio do combate à criminalidade”, afirmou a juíza na decisão.
Confira abaixo a cronologia da Operação Integration:
A operação foi deflagrada em 4 de setembro, com o cumprimento de mandados de prisão, incluindo os de Deolane e da mãe dela, Solange Bezerra, e de busca e apreensão em Pernambuco e nos estados da Paraíba, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás.
No mesmo dia, o avião de Gusttavo Lima foi apreendido. O cantor estava na Grécia, para onde havia viajado em 1º de setembro na companhia de Rocha Neto e Aislla, casal de empresários investigado na mesma operação.
Em 9 de setembro, o Tribunal de Justiça de Pernambuco permitiu que Deolane fosse para prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica.
A influenciadora foi também proibida de se manifestar por meio de redes sociais, imprensa e outros meios de comunicação.
No entanto, ao deixar a Colônia Penal Feminina do Recife, Dolane falou com a imprensa e com fãs que se aglomeravam no local. Em seguida, postou uma foto no Instagram em que aparece com a boca coberta por uma fita, com a inscrição de um “X” no meio.
Em 10 de setembro, Deolane teve a prisão domiciliar revogada e voltou a ser presa.
Em 15 de setembro, Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Em 23 de setembro, a juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, decretou a prisão preventiva de Gusttavo Lima e do empresário dele, Bóris Maciel Padilha.
Horas antes, entretanto, Gusttavo Lima havia deixado o Brasil em um voo privado que saiu de madrugada do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, com destino a Miami, na Flórida (Estados Unidos).
No mesmo dia, o Tribunal e Justiça de Pernambuco permitiu novamente que Deolane deixasse a prisão. Outros 17 investigados obtiveram habeas corpus na ocasião.
No dia 24 de setembro, a ordem de prisão preventiva de Gusttavo Lima foi revogada pelo relator do caso, o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, da 4ª Câmara Criminal do TJPE.
O magistrado alegou que as justificativas dadas pela juíza para a ordem de prisão constituíam “meras ilações impróprias e considerações genéricas”.
Após a revogação da ordem de prisão, o cantor voltou ao Brasil e, na sexta (27) e no sábado (28), fez dois shows no Pará. Na sequência, retornou aos Estados Unidos.
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