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Pesquem só essa dica para a quinta-feira! Trata-se do espetáculo “Infância”, montagem cênica e musical da obra homônima de Graciliano Ramos, do premiado ator florianopolitano Ney Piacentini e do músico Alexandre Rosa, que será exibido nesta quinta-feira no Auditório do Ministério Público de Santa Catarina, na Rua Boicaiúva, no Centro de Floripa. Será às 14h e com entrada gratuita.
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O músico Alexandre Rosa e o ator Ney Piacentini na peça “Infância”, adaptação cênica e musical da obra de Graciliano Ramos – Foto: Divulgação
“Infância” faz parte do elogiado trabalho do grupo Roda Teatro que vem correndo o Brasil com adaptações dos grandes clássicos de Graciliano Ramos. Esta peça inclusive foi indicada ao Prêmio Shell na categoria Melhor Músico. A vinda a Floripa faz parte das atividades de formação da Escola Judicial de Santa Catarina (EJUD12) e é aberta a toda a comunidade.
Além da encenação, Ney Piancentini e Alexandre Rosa também programaram uma interação com o público e um debate sobre o projeto. Reserve então a sua agenda para uma imersão nas artes nesta tarde de quinta-feira.
Sinopse de “Infância”
“Infância é a transcrição cênica e musical a partir do livro homônimo de Graciliano Ramos, publicado em 1945. Nestas memórias o alagoano traz à tona seus primeiros anos de vida até o despertar da puberdade, vividos no interior dos Estados de Alagoas e Pernambuco.
Em meio à dura vivência com a família e marcado por uma difícil alfabetização, surge página a página uma criatura interessada nos vários personagens à sua volta e no mundo das letras. Meninice que não inspira nostalgia e que tem estreita relação com obra do escritor como um todo e tudo aquilo que ela denuncia, criando uma movimentação entre as vozes da criança e a daquele que a rememora.
Esse jogo literário que acumula temporalidades (as diferentes idades do menino e a perspectiva do adulto) é explorado na adaptação à cena que, ao priorizar a falta de trato familiar, a precariedade do ambiente escolar e as dificuldades sofridas pelo garoto no letramento, cria um contraste epifânico, uma vez que aquele que passa a vislumbrar novas paisagens a partir da aproximação aos livros se tornará (ao mesmo tempo que já é) um de nossos maiores escritores.”