Sucesso nos anos 2000, Inimigos da HP viaja à Austrália para 1ª turnê internacional e planeja novos shows com Jeito Moleque: ‘Crescemos juntos’


Pagodeiros conversaram com o g1, durante show em Sorocaba (SP), sobre a tour na Oceania, os planos para 2025 e os diferenciais que mantêm a banda unida há 25 anos. Grupo Inimigos da HP fez show em Sorocaba (SP) na sexta-feira (7)
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Considerado um dos principais nomes do “pagode universitário” nos anos 2000, o grupo Inimigos da HP está a caminho da Austrália para a sua primeira turnê internacional. Em entrevista ao g1 durante um show na UZNA, em Sorocaba (SP), na sexta-feira (7), os pagodeiros contaram que o embarque com destino ao país da Oceania estava previsto para terça-feira (11).
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Ao todo, serão três apresentações em solo australiano: na sexta-feira (14), em Brisbane; no sábado (15), em Sydney; e no domingo (16), em Melbourne. Os ingressos para a Austrália Tour estão disponíveis neste site.
Assim que estiver de volta ao Brasil, o grupo pretende se reunir com os músicos do Jeito Moleque para retomar o projeto “A Faculdade”, que teve início em 2023 e mescla grandes clássicos da carreira das duas bandas universitárias.
“A gente fez alguns shows e a interação no palco foi incrível, muito legal, porque as duas bandas têm uma história paralela, cresceram juntas, talvez com o mesmo público. A gente só precisa, agora, organizar as agendas. A gente tem que voltar da Austrália, sentar com eles e tentar colocar o plano em ação novamente para fechar algumas datas”, explicam.
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Ainda em 2025, o grupo prevê gravar algumas músicas para serem lançadas neste primeiro semestre do ano. Em seguida, no segundo semestre, será colocado em prática um novo projeto grande: “A gente chama de ‘Tudo Vira Samba’, que é justamente pegando coisas de outros estilos e trazendo para o nosso universo”, contam.
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A banda é composta por Sebá (voz), Alemão (surdo), Tocha (rebolo), Cebola (pandeiro), Gui (repique) e Bonilha (percussão).
Bodas de prata
Em comemoração às bodas de prata da carreira, o grupo preparou o DVD “Inimigos da HP 25 anos ao vivo”. O trabalho foi lançado no ano passado, em dois volumes separados. Já o produto final está disponível nas plataformas de música desde sexta-feira.
“Tem até uma brincadeira com o nome. Claro que ‘ao vivo’ se refere à forma como foi gravado, mas também se refere ao fato de que a gente, durante 25 anos, não parou de tocar nenhum dia. A gente está nos palcos há 25 anos”, reforçam.
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Para os músicos, que acabaram de lançar um pout-pourri reunindo os hits do sertanejo “O Que é Que Tem” (Jorge e Mateus) e “Que Sorte a Nossa” (Matheus e Kauan), o DVD de 25 anos é inspirado nos primeiros anos da banda, que tem como característica principal o fato de transformar em samba letras que inicialmente pertencem a outros gêneros musicais.
“A gente está adorando poder mostrar para a galera o nosso show ao vivo, porque, ultimamente, a gente vinha gravando muitas músicas em estúdio. Agora podemos levar para as novas gerações, que não conseguiram curtir o nosso show ao vivo nas gravações de DVD, essa vibe ao vivo, que é um diferencial nosso. A gente adora fazer ao vivo e sentir a energia da galera. O resultado está super legal, trazendo os maiores sucessos de toda a carreira do Inimigos”, comentam.
Ao g1, o grupo listou as três músicas mais marcantes destes 25 anos de carreira: “Toca Um Samba Aí”, “Caça e Caçador” (o clássico de Fábio Jr. com uma nova roupagem) e “Bons Momentos”. O vocalista Sebá, no entanto, faz uma menção honrosa a “O Dia do Nosso Amor”.
“Para mim é especial, porque é uma música que eu fiz com o meu pai. É uma poesia que ele fez para a minha mãe e eu musiquei e traduzi, porque ela foi feita em espanhol. Eu sou argentino e meu pai também, mas moro aqui há mais de 40 anos. Esta é uma das nossas músicas de maior sucesso, que está no show até hoje, e me orgulha muito.”
Música ‘O Dia do Nosso Amor’ é uma das mais especiais para o vocalista Sebá
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Casamento firme e forte
1/4 de século. É praticamente um casamento, né? Mas, então, como manter a relação firme e forte depois de tanto tempo? Na opinião dos pagodeiros, tudo se resume a dois itens principais: o relacionamento entre eles e a alegria constante de estar no palco.
“A gente é amigo há muito tempo, alguns de nós muito antes de a banda existir, e a gente tenta manter isso vivo. Tem um respeito muito alto entre nós, tentamos sempre conversar, discutir, propor e sugerir de uma forma boa para o negócio, para a banda, para o que a gente produz, para a nossa música.”
“Todos nós já passamos, nesses 25 anos, por momentos de mais alegria dentro de casa, por perdas, uma série de coisas na nossa vida, mas a gente sobe no palco e parece que tudo isso evapora, a gente está lá em cima e aquilo é sempre uma catarse, uma troca violenta entre a gente e o público, entre a gente e a gente. Então, eu acho que essas duas horas que a gente está em cima do palco, quase três, quatro vezes por semana, é uma coisa que nos alimenta muito e que mantém a gente com esse interesse de estar sempre aqui, de fazer mais, de entregar outras coisas”, completam.
Grupo Inimigos da HP completou 25 anos de carreira em 2024
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A banda reforça que, quando “estourou”, em meados de 2005, o samba vinha em um momento de baixa, com a ascensão do forró e do sertanejo universitário. “Com exceção do Zeca Pagodinho, por exemplo, que é atemporal, aquela geração do pagode 90 foi perdendo força. Muitos vocalistas saíram e as bandas deixaram de existir”, relatam.
“Estava em uma entressafra e, aí, a gente veio com uma proposta diferente, um som que mistura tudo, que faz música dos outros, inédita, que traz todos os elementos culturais do Brasil dentro da nossa batucada. Depois desse movimento que a gente estava segurando a bandeira junto com Jeito Moleque e outras bandas, vieram grandes artistas, como o Thiaguinho, que colocaram o samba no lugar que ele merece estar o tempo todo. Mas a nossa sonoridade parece que é sempre diferente, e a gente se orgulha muito disso.”
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