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Dirlei Paiz, de Blumenau, foi preso duas vezes, sendo a última durante a campanha eleitoral de 2024, quando concorria mesmo com mandado em aberto. pastor Dirlei Paiz trabalha na Câmara de Vereadores de Blumenau, no Vale do Itajaí
Reprodução/Redes Sociais
O pastor catarinense Dirlei Paiz, preso duas vezes por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, teve a soltura autorizada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A liberdade foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, o mesmo que autorizou a prisão anteriormente.
Paiz deixou nesta semana o presídio de Blumenau, cidade foi candidato nas últimas eleições. A soltura foi informada nas redes sociais pelo advogado Jairo Santos, que publicou trecho da decisão, concedida na quarta-feira (19).
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O trecho assinado por Alexandre de Moraes descreve que não há razões para a permanência da prisão.
Confira reportagem da primeira prisão, em 2023
Paiz foi preso pela segunda vez em 16 de setembro de 2024 enquanto entregava material de campanha. Ele era um dos três candidatos a vereador revelados em reportagem do g1 como alvos de ordens de prisão expedidas pelos atos golpistas.
Em 17 de agosto de 2023, Dirlei foi preso na 14ª fase da Operação Lesa Pátria, que tem como alvo participantes, financiadores e outros envolvidos no 8 de janeiro. À época, ele era coordenador político no gabinete do presidente da Câmara Municipal de Blumenau e foi exonerado pouco depois.
Em 6 de dezembro de 2023, Dirlei foi libertado, obrigado a usar tornozeleira eletrônica e proibido de usar redes sociais. Em agosto de 2024, o diretório do PT em Santa Catarina disse ao STF Dirlei havia violado o veto ao uso das plataformas digitais.
A defesa afirmou que ele havia sido hackeado, mas o argumento foi recusado, e Moraes determinou a nova prisão no fim daquele mês.
Na campanha de 2024, Dirlei usava a prisão a que foi submetido para pedir votos. A legislação brasileira não impede que pessoas com mandados de prisão preventiva disputem eleições.
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