
O Papa Francisco, de 88 anos, deve deixar o hospital neste domingo (23) após um mês de internação devido a uma bronquite severa, que evoluiu para uma pneumonia dupla. Sua condição médica gerou grande preocupação, com o pontífice enfrentando duas crises que ameaçaram sua vida durante a hospitalização. No entanto, no início da quarta semana, os médicos confirmaram que ele já não estava em estado crítico, embora a recuperação continuasse a ser monitorada de perto.
O Vaticano anunciou que o Papa Francisco precisará de pelo menos dois meses de recuperação, durante os quais ele está orientado a evitar encontros com grandes grupos. O retorno à saúde do pontífice foi marcado por uma recuperação gradual, e os boletins médicos começaram a se tornar mais esparsos, sinalizando uma melhora em sua condição.
Linha do tempo
O Papa foi internado pela primeira vez no dia 14 de fevereiro, após semanas enfrentando dificuldades com a bronquite e com dificuldades para falar. Inicialmente, os médicos diagnosticaram uma infecção respiratória, mas sua condição piorou com o desenvolvimento de uma infecção polimicrobiana, que envolvia componentes bacterianos, virais e fúngicos. No dia 18 de fevereiro, uma radiografia revelou pneumonia em ambos os pulmões, e o pontífice foi tratado com cortisona e antibióticos.
Nos dias seguintes, houve novos contratempos. Em 21 de fevereiro, os médicos declararam que ele se encontrava em estado crítico, embora não estivesse em perigo iminente de morte. A condição do Papa deu mais um revés no dia 22 de fevereiro, quando ele precisou de oxigênio de alta pressão após uma crise respiratória, sendo também submetido a duas transfusões de sangue devido à anemia e à baixa contagem de plaquetas. Na semana seguinte, a função renal do Papa apresentou sinais de falência, mas isso foi resolvido até 26 de fevereiro.
Nas semanas seguintes, o Papa enfrentou mais desafios, incluindo um espasmo de tosse no dia 28 de fevereiro, durante o qual inalou vômito. Os médicos realizaram uma aspiração não invasiva e ele foi colocado em uma máscara de ventilação mecânica não invasiva para ajudá-lo a respirar com mais facilidade. Apesar desses desafios, o Papa Francisco manteve-se alerta e colaborativo com a equipe médica.
Em 3 de março, dois episódios de broncoespasmo agudo exigiram broncoscopias para remover tampões de muco, mas, novamente, o Papa se manteve alerta. No dia 6 de março, ele gravou uma mensagem de áudio agradecendo aos fiéis pelas orações, embora sua voz ainda estivesse fraca. Os médicos garantiram ao público que, embora o Papa não estivesse mais em risco iminente de morte, ele continuaria internado para tratamento até o dia 12 de março, quando uma radiografia mostrou sinais de melhora.
No dia 13 de março, o Papa Francisco comemorou o 12º aniversário de seu papado da cama do hospital, recebendo mensagens de boas-vindas e um bolo. Uma semana depois, o Vaticano divulgou a primeira fotografia do Papa durante sua internação, mostrando-o sentado em frente ao altar da capela do hospital.
A condição do pontífice continua a melhorar, mas ele precisará de um período de descanso antes de retomar suas atividades completas.