Doença silenciosa, o AVC é um dos problemas cardiovasculares que mais afetam a população mundial. Para se ter uma ideia, a enfermidade afetou 6,6 milhões de pessoas ao redor do mundo em 2020 e esse índice deve aumentar 50% até 2050, atingindo 10 milhões de pessoas globalmente.
O AVC ocorre quando há alteração do fluxo de sangue para o cérebro – Foto: Freepik/ND
É por isso que o monitoramento constante, prevenção e mudança de hábitos deve ser realizada, para que tais índices não alcancem números tão preocupantes.
O que é AVC?
AVC, ou acidente vascular cerebral, é uma condição médica grave que ocorre quando o suprimento de sangue para o cérebro é interrompido.
Isso pode acontecer devido a um coágulo (AVC isquêmico) ou ao rompimento de um vaso sanguíneo (AVC hemorrágico).
Atualmente, o AVC é a principal causa de morte por doenças cardiovasculares no Brasil.
Diferente do que é imaginado, a doença pode afetar pessoas de todas as faixas etárias, dos jovens aos idosos.
Quais são os sintomas do AVC?
Os sintomas de um AVC podem variar dependendo da gravidade e da região de cérebro o vaso sanguíneo for afetado. Alguns dos sinais mais comuns incluem:
- Fraqueza ou paralisia em um lado do corpo;
- Confusão ou dificuldade em falar;
- Problemas de visão;
- Dificuldade em andar ou manter o equilíbrio;
- Dor de cabeça súbita e intensa;
- Vômitos.
Ao sentir tais sinais ou percebê-los em alguém próximo, é importante procurar o atendimento médico com urgência.
O AVC pode ser causado pelo rompimento ou obstrução dos vasos sanguíneos – Foto: Freepik brgfx
Fatores de risco para AVC
Popularmente conhecido como derrame, o AVC pode ser causado por fatores congênitos, doenças crônicas ou hábitos alimentares e comportamentais.
Pessoas que possuem hipertensão, diabetes, obesidade tem maior propensão a sofrerem com a enfermidade.
O histórico familiar também é um fator de risco para o aparecimento da doença, bem com a má formação arterial ou problemas no sistema cardiovascular.
Entretanto, hábitos como o tabagismo, excesso do consumo de álcool, a alimentação inadequada e o sedentarismo também contribuem para a aparição da enfermidade.
Tipos de AVC
Existem dois tipos principais de AVC, cada qual com suas próprias características e causas.
Mais comum, o AVC isquêmico acontece pela obstrução dos vasos sanguíneos, enquanto o hemorrágico, mais grave, ocorre quando uma das artérias se rompe.
Representando 85% dos casos, o acidente vascular cerebral isquêmico é causado pelo deslocamento de um coágulo para os vasos sanguíneos (embolia) ou pelo estreitamento desses canais por conta de placas de gordura, o que também é conhecido como aterosclerose.
A interrupção do fluxo sanguíneo priva as células cerebrais de oxigênio e nutrientes, o que pode ocasionar a morte do paciente.
Mais raro, correspondendo a 15% das ocorrências, o AVC hemorrágico ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe, causando sangramento dentro ou ao redor do tecido cerebral.
Essa hemorragia exerce pressão sobre o cérebro, causando danos nas células e acarretando falecimento da pessoa se o quadro não for tratado com urgência.
Os fatores que provocam esse tipo de AVC podem ser a hipertensão arterial não controlada, aneurismas cerebrais (pontos fracos na parede de um vaso sanguíneo) ou malformações arteriovenosas (conexões anormais entre artérias e veias).
É importante ressaltar que o AVC é uma emergência médica e o reconhecimento imediato dos sintomas e a busca por atendimento médico são cruciais para minimizar os danos cerebrais e aumentar as chances de recuperação.
Prevenção de AVC
Cuidados e medidas preventivas são essenciais para diminuir o risco de derrame. Entre esses hábitos estão:
- Manter uma dieta saudável e equilibrada;
- Praticar atividade física regularmente;
- Manter o peso saudável;
- Controlar a pressão arterial, o colesterol e o açúcar no sangue;
- Não fumar;
- Limitar o consumo de álcool;
- Tratar a fibrilação atrial.
A recuperação do AVC inclui tratamento fisioterápico – Foto: Divulgação/Freepik/ND
Tratamento e prognóstico do AVC
O tratamento para AVC depende da gravidade e do tipo de acidente vascular cerebral. Os tratamentos podem incluir medicações para dissolver coágulos sanguíneos ou cirurgias para o mesmo fim.
Após passar por um quadro de AVC, a pessoa passa por diferentes procedimentos de reabilitação, para recuperar a capacidade da fala, cognição, equilíbrio e movimentos motores dos membros superiores e inferiores.
Apesar da gravidade da doença, é possível ter uma vida normal após a recuperação, reavaliando os hábitos e mantendo o acompanhamento médico contínuo para continuar com uma vida saudável.
